sábado, 7 de março de 2009

Glossário de Arquitetura Naval

Letra A
Adernamento: É a inclinação para um dos bordos da embarcação; o navio pode estar adernado a bombordo ou a boreste e seu adernamento é medido em graus. (Arte Naval p. 86)
Agulheiro: Pequena escotilha, circular ou elíptica, destinada ao serviço de um paiol, praça de máquinas, etc. (Arte Naval p. 27 1-83 e 322 6-36 a.4)
Alojamentos: Compartimentos destinados a alojar mais de 4 (quatro) passageiros ou tripulantes. (Arte Naval p. 26 1-77)
Alboios: Aberturas no convés para iluminar e ventilar compartimentos da embarcação. Têm estrutura metálica, tampas estanques, com ou sem vidro, fixos ou não. (Arte Naval p. 37 1-149 e 322 6-36 a.3)
Alidade: Aparelho ótico que indica o ângulo de um "alvo" em relação à embarcação. Utilizado na navegação costeira visual.
Amarra: Cadeia de elos especiais com ou sem malhetes (nos navios pequenos pode-se usar corrente ou cabo de arame). Tem a função de aguentar a força de fundeio da âncora nos fundeadouros. (Arte Naval p. 38 1-153 e 543 10-11 a.)
Amarração ou Atracação: Operação de amarrar um navio ao cais ou a outro. (Arte Naval p. 634)
Amurada: Denominação da parte interna do costado do navio, mais comumente utilizado para indicar a parte interna borda falsa do navio. (Arte Naval p. 05)
Âncora: Peça de formato especial e peso conveniente, e que, presa à extremidade de uma amarra, agüenta a embarcação no fundeadouro ou ancoradouro. (Arte Naval p. 38, 533 e 658)
Ancorar: É a ação de lançar âncoras ao fundo, para manter a embarcação segura por meio de suas amarras no ancoradouro ou fundeadouro. (Arte Naval p. 638)
Anéis ou Cavernas Gigantes: Cavernas reforçadas contínuas, formando anéis com os vaus reforçados do convés e das cobertas. (Arte Naval p. 09)
Anteparas: São separações verticais que subdividem em compartimentos o espaço interno do casco, em cada pavimento. Também concorrem para manter a forma e aumentar a resistência do navio. Podem ser transversais ou longitudinais, estanques ou não. (Arte Naval p. 15)
Área de flutuação: É a área do casco, definida por uma das linhas de flutuação da embarcação. (Arte Naval p. 54 2-7)
A ré: (AR) Expressão usada para definir toda e qualquer coisa que se situe na região de popa da embarcação. (Arte Naval p. 03)
Arfagem: É o jogo do navio no sentido de proa para popa, ou seja no sentido longitudinal da embarcação. É também chamado de caturro. (Arte Naval p. 697)
Arinque: Cabo que é preso à âncora e a uma bóia (bóia de arinque). Esta bóia tem a função de mostrar a localização da âncora, quando o navio está fundeado. (Arte Naval p. 563)
Armador: Pessoa ou empresa que, à sua custa, equipa, mantém e explora comercialmente embarcação mercante.
Arranjo: Distribuição genérica e particular dos espaços e dos equipamentos específicos nos diversos covéses, de acordo com a tipologia e o porte da embarcação.
Atracação: É a manobra executada para atracar o navio. (Arte Naval p. 626)
Atracar: É a ação de manter o navio encostado a um cais de um porto ou a outro navio. (Arte Naval p. 626)
Autonomia: É o tempo máximo e/ou distância máxima que uma embarcação pode permanecer navegando sem necessidade de reabastecimento de viveres e/ou combustível. (Arte Naval p. 661 e 665)
Avanço: Impulso ou marcha da embarcação para a frente.
A vante: (AV) Expressão usada para definir toda e qualquer coisa que se situe na região de proa da embarcação. (Arte Naval p. 03 e 773)
Avaria: São os danos causados à embarcação por atos involuntários ou voluntários. (Arte Naval p. 773)

Letra B
Balanço do navio: É o jogo do navio no sentido de um bordo ao outro, ou seja no sentido transversal da embarcação. (Arte Naval p. 697)
Balaustrada: Equipamento de apoio ou proteção dos passageiros e tripulantes nos conveses abertos, em embarcações.
Balaústre: Suporte vertical da balaustrada, em geral tubos de aço fixados no convés pelas sapatas, onde se apóiam os cabos da balaustrada. (Arte Naval p. 11 e 289)
Baleeiras: Pequenas embarcações utilizadas geralmente com equipamentos salva-vidas por suas boas qualidades náuticas, mesmo em mar grosso; por sua durabilidade e resistência; pela facilidade de arrumação a bordo; pela facilidade nas suas manobras utilizando-se poucos homens para içá-la e arriá-la quando necessário e finalmente pela relação tamanho-capacidade para o transporte de passageiros. (Arte Naval p. 186, 187, 188 e 192)
Balizas: Bóias, marcas e outros equipamentos de sinalização das águas, que servem de referência para a navegação. São as representações gráficas das intersecções de planos verticais transversais com o casco de uma embarcação. As balizas aparecem representadas em verdadeira grandeza no plano de balizas. Braços das cavernas acima do bojo. (Arte Naval p. 66 e 967)
Balsas: Flutuantes especiais de pequeno porte que são utilizados como equipamento de salva-vidas geralmente de forma elítica, construídos em madeira, metal ou borracha. Este equipamento não podem ser usados para outros fins. (Arte Naval p. 171, 184 e 185)
Barco: Tem o mesmo significado de Embarcação, ou seja, qualquer construção feita em materiais apropriados de modo à flutuar e destinada a transportar pela água pessoas e coisas. (Arte Naval p. 01)
Batelão: São embarcações robustas, construídas em madeira ou em aço com fundo chato, empregadas para desembarque ou transbordo de carga nos portos. (Arte Naval p. 170)
Beiço: Componente do Escovém; parte que sai do convés, feito em chapa de aço ou fundido. (Arte Naval p. 560)
Beliche: Cama para uso em embarcações, pode ser Simples (para uma só pessoa), Duplo (para casal) ou de Superpor (um sobre o outro).
Boca: É a largura da seção transversal a que se referir; a palavra boca, sem a referência à seção em que foi tomada, significa a maior largura do casco e, por isso mesmo, é a medida da seção mestra. (Arte Naval p. 71)
Boca Máxima: É a maior largura do casco medido entre as superfícies externas do forro exterior, ou seja, é a largura externa máxima da embarcação. (Arte Naval p. 71)
Boca Moldada: É a maior largura do casco medido entre as faces exteriores da carena, excluindo a espessura do forro exterior, ou seja, é a largura interna máxima, a boca máxima menos espessura do chapeamento do casco. (Arte Naval p. 71)
Boças de Amarra: Têm como função aguentar a amarra com o navio fundeado ou quando a âncora estiver no escovém de viagem, entre outras situações. (Arte Naval p. 558)
Bóias: Flutuadores de forma cilíndrica, esférico, cônico, etc., utilizadas para diversas finalidades, balizamento, marcação do local da âncora entre outros. Bóias salva-vidas, são equipamentos salva-vidas construídas em cortiça maciça ou outro material equivalente, utilizadas para o salvamento de uma única pessoa. (Arte Naval p. 676)
Bojo: Parte da carena, formada pelo contorno de transição entre a parte quase horizontal, ou fundo do navio, e sua parte quase vertical. (Arte Naval p. 03)
Bolinas ou Quilhas de balanço: Chapas ou estruturas planas colocadas perpendicularmente em relação ao forro exterior, na altura da curva do bojo, no sentido longitudinal, uma em cada bordo das embarcações de modo a amortecer a amplitude dos balanços. As bolinas são empregadas em navios modernos de qualquer classe, são mais efetivas nos navios que tem pequena amplitude de balanço, pode-se dizer que diminuem de metade a amplitude das oscilações do navio. Bolina é também o nome da chapa plana e resistente, em forma de faca, colocada verticalmente por baixo da quilha das embarcações de pequeno porte de propulsão a vela e servem para reduzir a inclinação e o abatimento da mesma quando navegando a vela. (Arte Naval p. 30, 287 e 327)
Bombordo (BB): Lado esquerdo de quem está na embarcação olhando em direção à popa. (Arte Naval p. 01)
Borboletas ou Esquadros: Pedaços de chapa em forma de esquadro, que servem de ligação de dois perfis, duas peças quaisquer, ou duas superfícies que azem ângulo entre si. (Arte Naval p. 10)
Borda: Limite superior do costado e termina na altura do convés. (Arte Naval p. 03)
Borda Falsa: Limite superior do costado quando este se prolonga um pouco acima do convés. (Arte Naval p. 03)
Borda Livre: Distância vertical da superfície da água ao pavimento principal, medida em qualquer ponto do navio no costado. (Arte Naval p. 60)
Bordos: São os lados da embarcação. As partes simétricas em que se divide um casco pelo plano diametral. A parte à direita chamamos (BE) boreste ou estibordo, a parte à esquerda chamamos (BB) bombordo. (Arte Naval p. 01)
Boreste (BE): Lado direito de quem está na embarcação olhando em direção à proa, também denominado Estibordo. (Arte Naval p. 01)
Botes: São pequenos Escaleres, a remo ou a vela, utilizadas como equipamentos salva-vidas e para serviços leves no porto. (Arte Naval p. 171)
Bússola Giroscópica: Indica o norte verdadeiro, situa-se em frente ao timão e pode ter repetidoras em outros pontos da embarcação.
Buzina de Cerração: Buzina acionada a eletricidade, ar comprimido ou a vapor.
Buzina ou Gaiteira: Tubo por onde passa a amarra, do convés para o paiol. É geralmente de aço fundido, de seção circular, um para cada amarra, com diâmetro igual a 7 ou 8 vezes a bitola da amarra. (Arte Naval p. 559)

Letra C
Cabeços: Colunas de ferro, de pequena altura, montadas aos pares e colocadas geralmente junto a amurada ou às balaustradas; servem para dar-se volta às espias ou cabos de reboque. (Arte Naval p. 35 1-137)
Cabos: Qualquer corda utilizada a bordo de uma embarcação. Os cabos, de modo geral, podem ser classificadas segundo a matéria-prima de que são confeccionados. (Arte Naval p. 331)
Cabotagem: Navegação de cabotagem, é a navegação mercante feita ao logo da costa marítima ou em áreas marítimas limitadas. (Arte Naval p. 138)
Cabrestante: Uma coroa de Barbotin, saia, ou ambas, montadas num eixo vertical, operado à mão, motor ou ambos, com lingüetas para evitar a inversão brusca quando operado à mão. (Arte Naval p. 567)
Cadaste: Peça semelhante à roda de proa, que constitui a parte externa do navio a ré. (Arte Naval p. 10 1-54 b.)
Calado: É a distância vertical entre a superfície da água e a parte mais baixa do navio naquele ponto. (Arte Naval p. 72 2-60)
Calado a meia nau: É o calado medido na seção a meia nau, isto é, a meio comprimento entre as perpendiculares. ele nem sempre corresponde ao calado médio que é a média aritmética dos calados medidos sobre as perpendiculares a vante e a ré. (Arte Naval p. 72)
Calado máximo: É o calado do navio medido quando este estiver na condição de deslocamento em plena carga ou deslocamento máximo. (Arte Naval p. 72)
Calado médio: Calado médio é a média aritmética dos calados medidos sobre as perpendiculares a vante e a ré. (Arte Naval p. 72)
Calado mínimo: É o calado do navio medido quando este estiver na condição de deslocamento mínimo. (Arte Naval p. 72)
Calado moldado: O calado moldado, é aquele que se refere à linha da base moldada do casco. É utilizado no cálculo dos deslocamentos e para as consultas às curvas hidrostáticas da embarcação. (Arte Naval p. 72)
Calado normal: É o calado de uma embarcação, quando esta está em seu deslocamento normal. (Arte Naval p. 72)
Camarote: Compartimentos destinados a alojar de (01) um a (04) quatro tripulantes ou passageiros. (Arte Naval p. 26)
Cambota: São as cavernas que estruturam e armam a popa da embarcação. (Arte Naval p. 10)
Canoa: São pequenos Escaleres, embarcações leves a remo, de formas finas com popa chanfrada, utilizada para serviços leves no porto. (Arte Naval p. 170)
Carena: Carena é um terno empregado muitas vezes em lugar de obras vivas, mas significa com mais propriedade o invólucro do casco nas obras vivas. A superfície da carena somada a superfície do costado, representa a área total da superfície do casco. (Arte Naval p. 03 1-11 e 54)
Carta Piloto: Carta que contém informações metereológicas, regime de correntes marítimas e ventos nas diversas épocas do ano.
Cartas de Navegação: Mapas náuticos.
Casco: É o corpo do navio sem mastreação, aparelhos acessórios ou qualquer outro arranjo. Sua principal característica de forma é ter um plano de simetria( plano diametral) que se imagina passar pelo eixo da quilha. (Arte Naval p. 01)
Castelo de Proa: Superestrutura na parte extrema da proa, acompanhada de elevação da borda. (Arte Naval p. 06 1-38)
Caturro: É o jogo do navio no sentido de proa para popa, ou seja no sentido longitudinal da embarcação. É também chamado de arfagem. (Arte Naval p. 697)
Cavername: É o conjunto de peças que dão forma ao casco da embarcação, quilha, sobrequilha, hastilhas, cambotas, roda de proa, cavernas, vaus, longarinas, trincanizes, sicordas, etc. excetuando-se o tabuado nos navios construídos em madeira ou o chapeamento nos navios construídos em aço. É o esqueleto a ossada do navio.
Cavernas: Peças curvas que se fixam na quilha em direção perpendicular a ela e que servem para dar forma ao casco e sustentar o chapeamento exterior. (Arte Naval p. 09 1-53 a.)
Centro de carena, de empuxo, ou de volume: (CC) É o centro de gravidade do volume da água deslocado por um navio. É o ponto de aplicação da força chamada empuxo. Quando o navio estiver aprumado este ponto encontra-se na linha definida pela intersecção do plano diamentral com o plano transversal da embarcação. O centro de carena estará num ponto desta linha, sempre abaixo da linha d'água. (Arte Naval p. 57)
Centro de flutuação: (CF) É o centro de gravidade da área de flutuação de um navio. Para cada área de flutuação de um navio, defini-se o seu centro de flutuação. (Arte Naval p. 58)
Centro de gravidade: (CG) Definição em mecânica - O centro de gravidade é o ponto de aplicação da resultante de todos os pesos de um corpo qualquer. Assim, a soma dos momentos de todos os pesos em relação a qualquer eixo que passe por ele é igual a zero. Numa embarcação, quando os pesos próprios ou adicionados, desta estiverem distribuídos igualmente, nas duas metades simétricas do navio definidas por seu plano diametral, o centro de gravidade deverá estar num ponto deste plano. Caso os pesos da mesma embarcação também estejam simetricamente dispostos, ao longo do seu comprimento, o centro de gravidade deverá estar no plano da seção a meia-nau. Assim sendo, teórica ou idealmente o centro de gravidade deverá estar locado na intersecção do plano diametral com o plano da seção de meia-nau. A altura em que se encontra este ponto depende do projeto de cada navio e na distribuição e movimentação das carga a bordo. (Arte Naval p. 57)
Coberta: É qualquer espaço abaixo do convés principal, e utilizado para localizar camarotes e/ou alojamentos destinados a abrigar passageiros e/ou tripulação. (Arte Naval p. 17 1-56 f. e g.)
Compartimento ou tanques de colisão: São compartimentos estanques, normalmente conservados vazios, localizados nos extremos a vante e a ré do navio, chamados de pique-tanque de vante e pique-tanque de ré respectivamente. (Arte Naval p. 25 1-64)
Compartimento da Máquina de Leme: É o compartimento onde ficam os equipamentos de governo do navio. A máquina do leme é comandado a distância pelos movimentos da roda do leme (timão). Nos navios de grande porte, este compartimento fica abaixo da linha d'água e é protegido por couraça, devido a importância vital que representa este equipamento para a segurança da embarcação. (Arte Naval p. 580 11-4)
Compartimento estanque: São compartimentos, espaços no interior do casco limitados por chapeamento impermeável à água. (Arte Naval p. 22 1-58)
Comprimento alagável: É o comprimento máximo permitido de um compartimento, de modo que quando este for alagado pela água, o navio ainda continue flutuando em segurança. É uma regra que define o comprimento máximo dos espaços entre as anteparas transversais estanques, regra esta estabelecida pelas Sociedades Classificadoras para as embarcações mercantes. Por essa regra o comprimento alagável de uma embarcação varia com o comprimento desta. (Arte Naval p. 71 2-55)
Comprimento de roda a roda: É a distância entre a roda de proa ou cadaste da popa, e é medida paralelamente à linha d'água de projeto. Peças como o leme, quando este se estender a ré da popa, o gurupés se existir ou peças similares, não serão considerados nesta medida. (Arte Naval p. 71 2-54)
Comprimento entre perpendiculares: É a distância medida entre as perpendiculares a vante e a ré. Nesta medida levamos em consideração a linha d'água de projeto (ver definição das perpendiculares de vante e de ré). Quando nos referirmos ao comprimento do navio e não for especificado como este foi medido, devemos entender este como o comprimento entre perpendiculares. (Arte Naval p. 69 2-50)
Comprimento na flutuação: É o comprimento na linha d'água, medido em cada nível de flutuação. O comprimento na flutuação varia, dependendo se a embarcação estiver leve ou carregada. O comprimento na flutuação coincide com o comprimento entre perpendiculares quando, a linha d'água de projeto for a mesma para o nível de flutuação adotado. (Arte Naval p. 69 2-50)
Comprimento na linha d'água: Na marinha brasileira, o comprimento entre perpendiculares, é chamado também comprimento na linha d'água. (Arte Naval p. 69 2-50)
Comprimento total: Esta medida é importante pois refere-se ao comprimento máximo do navio, as dimensões necessárias para o conter num cais ou num dique seco. É medido paralelamente à linha d'água de projeto, das partes mais salientes do navio, levando em conta as partes emersas ou imersas do mesmo. (Arte Naval p. 71 2-54)
Convés: Pavimento da embarcação. Sem qualquer referência refere-se ao convés principal. O primeiro pavimento contínuo de proa a popa, junto à borda do casco, descoberto total ou parcialmente é chamado convés principal, a parte de proa chama-se convés a vante e a parte de meia-nau, convés a meia-nau e a parte da popa, designa-se tolda. A um convés parcial, acima do convés principal e localizado na proa, chamamos convés do castelo, se localizado a popa será o convés do tombadilho e se a meia nau será o convés superior. A um convés parcial, acima do convés superior, do castelo ou do tombadilho, chamamos convés da superestrutura. Para a denominação dos conveses que ficam abaixo do convés principal, adota-se o seguinte critério: consideramos o principal como o primeiro convés e denominamos os demais conveses como - segundo convés, terceiro convés, assim por diante - sendo estes contados e denominados de cima para baixo. Estes espaços também podem ser denominados cobertas, porém quando usamos a esta denominação o que se chamaria segundo convés dá-se o nome de primeira coberta ao que se designaríamos como terceiro convés chamar-se-ia de segunda coberta, assim por diante. Quando abaixo do principal só existir um convés este é denominado convés inferior. Entre o piso do convés mais abaixo e o duplo-fundo da embarcação chamamos de porão. (Arte Naval p. 17 1-56 a./g.)
Convés do Passadiço: Convés onde se situa o comando. É o pavimento imediatamente abaixo do convés do tijupá, que dispõe uma ponte na direção de bombordo e na direção de estibordo ou boreste, de onde o comandante dirige as manobras da embarcação. (Arte Naval p. 18 1-56 m)
Convés do Tijupá: Numa superestrutura colocada geralmente a vante, onde se encontram os postos de navegação, o pavimento mais elevado toma o nome de tijupá. (Arte Naval p. 18 1-56 m)
Coroa de Barbotin: Roda fundida tendo a periferia côncava e dentes onde a amarra se aloja e os elos são momentaneamente presos durante o movimento. (Arte Naval p. 565 10-30 b)
Costado: Invólucro do casco acima da linha d'água. Em arquitetura naval, durante a construção do navio, quando ainda não está traçada a linha d'água, costado é o revestimento do casco acima do bojo. A superfície da carena somada a superfície do costado, representa a área total da superfície do casco. (Arte Naval p. 03 1-14)
Cunho: Peça de metal em forma de bigorna que se fixa nas amuradas do navio, nos turcos, ou nos lugares por onde possam passar os cabos de laborar, para dar-se a volta neles. (Arte Naval p. 35 1-138)

Letra D
Defensas: São proteções das embarcações, dispostas ao longo do casco nos pontos mais salientes deste, de modo a impedir que ocorram danos ao mesmo e à sua pintura quando o navio estiver atracado. Existem vários tipos de defensas, apropriadas a cada tipo de embarcação ou mesmo uso. (Arte Naval p. 448 8-115)
Desatracar: Desatracar é desencostar e afastar a embarcação do cais ou de outro navio a que este esteja atracado. (Arte Naval p. 626)
Deslocamento: Peso da água deslocada por um navio flutuando em águas tranqüilas. É igual ao peso do navio e tudo o que ele contém. (Arte Naval p. 77)
Deslocamento em plena carga, máximo ou carregado: É o peso de uma embarcação quando esta estiver com o máximo de carga permitida a bordo. É o navio completo, com toda a sua tripulação e pertences, passageiros e bagagens, porões cheios, toda a carga, abastecida com víveres, combustíveis, óleos lubrificantes e água para uso humano e das suas máquinas de reserva. porém devem ter os seus tanques de lastro e duplo fundo, absolutamente vazios. (Arte Naval p. 79)
Deslocamento normal: É o peso do navio completo, geralmente uma carga normal equivale a 2/3 (dois terços) da carga total ou máxima. (Arte Naval p. 79)
Deslocamento leve ou mínimo: É o peso do navio completo sem tripulação e pertences, sem passageiros e bagagens, sem carga nos porões, sem estar abastecido de víveres, de água para o consumo humano, de água, combustível e óleos lubrificantes para as suas máquinas, além de terem os seus tanques de lastro e duplo fundo, absolutamente vazios. (Arte Naval p. 77)
Deslocamento padrão: É o peso do navio completamente carregado como em plena carga, sem reserva de víveres, combustíveis, óleos lubrificantes e água potável. (Arte Naval p. 77)
Duplo Fundo: Robusto fundo interior no fundo da carena, tem como fim resistir à pressão da água no caso de avaria no forro exterior do casco. (Arte Naval p. 284)

Letra E
Embarcação: É uma construção feita em materiais apropriados de modo à flutuar e destinada a transportar pela água pessoas e coisas. (Arte Naval p. 01)
Empuxo: Pressão que age normalmente à superfície imersa do casco. (Arte Naval p. 58)
Escada de quebra-peito: São escadas penduradas do local que estas dão acesso, com degraus construídos em madeira ou metal amarrados por cabos. (Arte Naval p. 451 8-117)
Escada de Portaló: Dispositivo para embarque e desembarque no navio, a partir de terra ou de outra embarcação. Tem duas pequenas plataformas em cada uma das suas extremidades. (Arte Naval p. 32 1-112)
Escada vertical: Escadas verticais fixas, são escadas colocadas verticalmente no costado, numa antepara, num mastro etc., com degraus construídos em vergalhões de ferro e sem corrimãos. (Arte Naval p. 32 1-113)
Escaleres: São embarcações de pequeno porte, de propulsão a remo ou a vela, utilizadas como equipamentos salva-vidas e para serviços leves no porto. (Arte Naval p. 170)
Escotilhas: Aberturas geralmente retangulares, feitas no convés e nas cobertas, para passagem de ar, luz, pessoal e carga. (Arte Naval p. 27 1-82)
Escotilhões: Pequenas aberturas no convés usadas para a passagem de pessoas. De dimensões menores que uma escotilha. Nos navios mercantes as aberturas que servem para a passagem do pessoal chamam-se escotilhões. (Arte Naval p. 27 1-84)
Escovém: Serve de passagem para a amarra e de alojamento para a âncora, se esta for do tipo patente. (Arte Naval p. 560 10-26)
Escuna: Antigo navio a vela, de mastreação constituída de gurupés e dois mastros: o de vante, mastro de escuna, o qual enverga também vela latina quadrangular, e o de ré, mastro de lugar.
Espias: Cabos que amarram um navio a um cais ou a outro navio. Devem ser leves, flexíveis e resistentes à tensão; podem ser feitos de aço, nylon, fibras ou mistos. (Arte Naval p. 626 12-23)
Espiral de Projeto: É a representação gráfica do conjunto das relações das atividades e profissionais envolvidas no projeto e construção de uma embarcação em cada uma das fases deste processo.
Estaleiro: Lugar onde se constroem e/ou consertam embarcações.
Estanque: Sem fendas ou aberturas por onde entrem ou saiam líquidos. Convés estanque - É o convés construído de modo a que este seja perfeitamente estanque à água, tanto de cima para baixo, como de baixo para cima. (Arte Naval p. 22 1-56 u)
Estanqueidade: Qualidade de estanque. É a propriedade que deve possuir o casco de permanecer intransponível pela água em que flutua, - qualquer que seja o estado desta. (Arte Naval p. 225 5-28 a.3)
Estibordo: Lado direito de quem está na embarcação olhando em direção à proa, também denominado Boreste (Arte Naval p. 01)
Letra F
Ferro: O mesmo que âncora. As âncoras são comumente chamados, a bordo, os ferros do navio. (Arte Naval p. 533 - 10-1)
Flutuabilidade: É a propriedade de poder permanecer na superfície d'água, mesmo com sua carga completa. (Arte Naval p. 224 5-28 a.2)
Flutuabilidade, reserva de: É o volume da parte do navio acima da superfície da água e que pode ser tornada estanque. Na maioria dos navios, é o volume compreendido entre a zona de flutuação e o convés principal, mas em alguns refere-se também às superestruturas como o castelo de proa e o tombadilho, que podem ser estanques. A reserva de flutuabilidade exprime-se em percentagem do volume deslocado pelo navio. Para um navio imergir por completo, é necessário carregá-lo com um peso igual ao peso da água necessária para preencher o volume definido como a reserva de flutuabilidade. (Arte Naval p. 60 2-27)
Flutuação: Ato ou efeito de flutuar. Movimento oscilatório, ondulação. Ver Linha de flutuação. (Arte Naval p. 53 e 54)
Fonoclama: Sistema de auto-falantes para comunicação interna.
Fundear: O mesmo que ancorar.Letra G
Gaiúta: Armação construída em madeira ou metal, com que se cobrem as escotilhas destinadas a entrada de ar e luz para o interior do navio.
Gaiúta do Motor: Armação que cobre a abertura no convés acima da praça de máquinas, abertura esta com dimensões suficientes para que se possa retirar o motor da embarcação.
Gola: Componente do Escovém; parte saliente do costado, feita em aço fundido. (Arte Naval p. 560 10-25 a.)
GPS: Sistema de navegação que utiliza sinais emitidos por satélites geo-estacionários, dá leituras de posição a qualquer momento, é extremamente preciso e de dimensões bastante reduzidas.
Grumete: Marinheiro de graduação inferior da armada.
Guarda-mancebo: Cada um dos cabos que servem de corrimão no gurupés e no pau de surriola.

Letra H
Hastilha: Chapas colocadas verticalmente no fundo do navio, em cada caverna, aumentando a altura destas na parte que se estende da quilha ao bojo. (Arte Naval p.10 1-53 d.)

Letra I
Iate: Navio a vela, de mastreação constituída de gurupés e 2 (dois) mastros, em geral inteiriços, com velas latinas quadrangulares e gafefetopes. Embarcação a vela ou a motor destinada a recreio ou regata. Embarcação luxuosa, para transporte de pessoas em recreio

Letra J
Jazente: Chapas fortes, cantoneiras ou peças de fundição, onde assenta qualquer máquina, peça ou aparelho auxiliar do navio. (Arte Naval p. 34 1-124)

Letra L
Lancha: Embarcação de pequeno porte de propulsão a motor usada para navegação costeira de recreio, ou no transporte de pessoas e/ou objetos e para outros serviços dentro dos portos. A maior das embarcações miúdas empregadas em serviços a bordo dos grandes navios, usada para transportar objetos e pessoal do navio para o porto e vice-versa, espiar os ferros e outras atividades. Qualquer embarcação miúda com propulsão a motor. (Arte Naval p. 169 4-2.)
Lastrar: Lastrar ou fazer o lastro de um navio é colocar um certo peso no fundo do casco para aumentar a estabilidade ou trazê-lo à posição de flutuação direita, melhorando as condições de navegabilidade. (Arte Naval p. 86)
Lastro: Tudo o que se coloca no fundo dos porões de um navio para lhe dar estabilidade, geralmente, quando este estiver vazio. Lastro é o peso que lastra o navio. É comum em navios de carga, que ao saírem de um porto leves, usarem lastrear a fim de torna-lo mais pesado, para melhorar sua estabilidade. (Arte Naval p. 86)
Leme: É o aparelho destinado ao governo de uma embarcação. O leme é constituído, no mínimo, pelas seguintes partes: madre, cabeça e porta do leme. (Arte naval p. 29 1-97 e 178 4-5)
Linhas d'água: É uma faixa pintada com tinta especial no casco dos navios, de proa a popa, sua aresta superior corresponde a linha de flutuação leve (Normalmente usada desse modo em navios de guerra). São as intersecções do casco por planos horizontais. Elas aparecem em verdadeira grandeza no plano de linhas d'água e são usualmente denominadas de acordo com a sua altura acima do plano da base. (Arte Naval p. 03 e 65)
Linhas de balizas: São as intersecções do casco por planos verticais transversais. Elas aparecem em verdadeira grandeza no plano de balizas e são numeradas normalmente seguidamente de vante para ré. Para isso, a linha de base é dividida em 10, 20 ou 40 partes iguais, conforme o tamanho do navio e a precisão desejada, e por cada divisão é traçada uma baliza. Geralmente nos dois intervalos de vante e de ré traçam-se balizas intermediárias. A baliza de número zero coincide com a perpendicular de vante. (Arte Naval p. 66)
Linhas de flutuação: São as linhas em que o navio flutua. Linha de flutuação, ou simplesmente flutuação, é a intersecção da superfície da água com o contorno exterior do navio. Um navio a plena carga define uma linha de flutuação carregada ou flutuação em plena carga. Um navio leve define uma flutuação leve e um navio no deslocamento normal define uma flutuação normal. Em muitas vezes não são paralelas às linhas d'água referentes aquelas do plano de linhas d'água, devido a distribuição das cargas a bordo. A linha de flutuação correspondente ao calado para o qual o navio foi projetado, coincide com a chamada linha d'água projetada. (Arte Naval p. 55 e 66)
Linhas do alto: São as intersecções do casco por planos verticais longitudinais, ou planos do alto. Elas aparecem em verdadeira grandeza no plano de linhas do alto e são denominadas de acordo com seu afastamento do plano diametral. Há geralmente quatro destas linhas espaçadas igualmente, a partir do plano diametral, o qual determina a linha zero. (Arte Naval p. 66)
Linha de Base: Intersecção do plano da base moldada por qualquer dos outros dois planos de referência. (Arte Naval p. 65 2-41 a.)
Linha de Centro: Intersecção do plano diametral por qualquer outro plano horizontal ou por qualquer plano vertical transversal. (Arte Naval p. 65 2-41 b.)
Longarinas: Peças colocadas de proa a popa, na parte interna das cavernas, ligando-as entre si. (Arte Naval p.9 1-52 c.)
Loran, Decca e µmega: Sistemas de navegação que funcionam usando sinais de rádio emitidos por estações. Diferenciam-se pela freqüência. Utilizados principalmente na navegação oceânica. Atualmente estão sendo substituídos por sistemas orientados por satélites.

Letra M
Manetes: Aceleram ou desaceleram os motores e revertem o sentido de rotação dos hélices.
Máquina de Suspender: Nome dado aos cabrestantes e molinetes quando desenhados e construídos para suspender a âncora e sua amarra do um navio. (Arte Naval p. 567 10-31 a.3)
Mastreação: Ato ou efeito de mastrear. O conjunto de mastros de uma embarcação. É o conjunto de mastros, mastaréus, vergas e antenas de um navio. Nos veleiros, os mastros têm a função primordial de suportar as velas (aparelho propulsor do navio) e, por isso, constituem partes vitais do navio. Nos navios de propulsão mecânica, os mastros têm diversas funções, servindo de suporte para: adriças e vergas de sinais, antenas de radar, ninhos de pega, paus de carga nos navios de carga, instrumentos de controle e postos de observação de tiro nos navios de guerra. (Arte Naval p. 588)
Mastro: Peça de madeira ou metal, de seção circular, colocada no plano diametral, em direção vertical ou um pouco inclinada para a ré, que se arvora nos navios. Serve para que nele sejam envergadas as velas (nos navios de propulsão a vela) ou para agüentar as vergas, antenas, paus de carga, luzes indicadoras de posição ou de marcha, além de diversos outros acessórios (nos navios de propulsão a motor). (Arte Naval p. 39 1-162)
Meia nau: É a parte do casco compreendida entre a popa e a proa. As palavras Popa, Proa e Meia nau não definem uma parte determinada do casco, mas sim uma região do mesmo. (Arte Naval p. 01 e 56)
Metacentro: Ponto cuja posição determina a estabilidade dos corpos flutuantes. Em relação às embarcações é necessário definir 2 (dois) conceitos básicos de metacentro, o Metacentro transversal (M) e o Metacentro longitudinal (M'), que dizem respeito, respectivamente ao equilíbrio transversal e ao equilíbrio longitudinal de uma embarcação. No equilíbrio transversal de uma embarcação levamos em conta o centro de carena (C), O centro de gravidade (G), o centro de flutuação (O) e o plano diametral (K) (neste caso representado por uma linha vertical) e o metacentro transversal (M). Metacentro transversal é o encontro do eixo vertical que passa pelo centro de empuxo(C) e o eixo do plano diametral que passa pelo centro de flutuação (O) e o centro de gravidade (G). Quando estes dois eixos formam um ângulo igual a zero o metacentro é um ponto fixo, chamado metacentro inicial. Metacentro longitudinal é o encontro do eixo vertical que passa pelo centro de empuxo (C) e o eixo do plano transversal que passa pelo centro de flutuação (O) e o centro de gravidade (G). (Arte Naval p. 61 e 62)
Milha náutica: É o comprimento do arco de 01 (um) minuto do perímetro médio do globo terrestre. Como a terra não é rigorosamente esférica, seu valor varia se a medida for adotada num meridiano ou no equador. A milha náutica é igual a 1.853,55 metros, que é a média da medida de 01 (um) minuto no meridiano e 01 (um) minuto no equador. (Arte Naval p. 885)
Molinete: Coroa de Barbotin, saia ou ambos, montados num eixo horizontal comandado à mão, máquina ou ambos. Geralmente é duplo, isto é, tem duas coroas e duas saias; assim um guincho pode atender a duas amarras. (Arte Naval p. 567 10-31 a.2)
Mordente: Aparelho fixado no convés e colocado na linha de trabalho da amarra, entre o cabrestante e o escovém. Tem por fim aguentar ou suster a amarra. (Arte Naval p. 559 10-22

Letra N
Nau ou Nave: Expressões antiquadas para definir uma construção de grande porte, feita em materiais apropriados de modo à flutuar e destinada a transportar pela água pessoas e coisas. (Arte Naval p. 01)
Naufragar: Ir a pique, soçobrar (a embarcação). Sofrer naufrágio (os tripulantes e/ou os passageiros).
Naufrágio: Ato ou efeito de naufragar. Perda de uma embarcação em virtude de encalhe ou de outro acidente marítimo.
Nauta: Aquele que navega; navegador, marinheiro.
Náutica: Ciência e arte da navegação sobre a água.
Naval: Relativo a navio ou a navegação.
Navegação: Ato ou efeito de navegar. Arte de conduzir com segurança uma embarcação, no mar; em lagos ou lagoas; em rios ou canais, de um ponto a outro da superfície do globo terrestre. Viagem por mar.Navegação costeira - É a que se faz tomando pontos em terra como guia, faróis, torres, picos, ilhas, pontas e outras referências geográficas, constantes das cartas náuticas.Navegação de cabotagem - É a navegação mercante realizada em águas costeiras de um só pais, ou em águas marítimas limitadas.Navegação de longo curso - É a navegação mercante realizada em alto mar, através dos oceanos, unindo portos de diversos países e continentes.Navegação fluvial - É a que se faz em rios e canais interiores.Navegação interior - É a que se efetua no interior dos continentes, utilizando-se rios, lagos e canais interiores, e compreende a navegação fluvial e a navegação lacustre.Navegação lacustre - É a que se faz em lagos, lagoas e represas.Navegação marítima - É a que se faz nos mares e oceanos.
Navegador: Que navega. Que sabe navegar. Perito ou encarregado, numa aeronave ou navio, dos cálculos de navegação.
Navegar: Percorrer (o mar e, por extensão, a atmosfera ou o espaço cósmico) em navio, embarcação, aeronave ou outro veículo apropriado.
Navio: Construção de grande porte, feita em materiais apropriados de modo à flutuar e destinada a transportar pela água pessoas e coisas. (Arte Naval p. 01)
Nó (unidade): É a unidade de velocidade do navio. É o número de milhas (náuticas) navegadas em uma hora por um navio. (Arte Naval p. 226)

Letra O
Obras Mortas: Parte do casco que fica acima do plano de flutuação em plena carga e que fica sempre emersa. (Arte Naval p. 03)
Obras Vivas: Parte do casco que fica abaixo do plano de flutuação em plena carga, isto é, a parte que fica total ou quase totalmente imersa. (Arte Naval p. 03)
Letra P
Paióis: Compartimentos situados geralmente nos porões, onde são guardados mantimentos, material de sobressalente ou consumo, etc. (Arte Naval p. 25 1-69)
Paiol da Amarra: Compartimento na proa, por ante-a-ré da antepara de colisão, para a colocação, por gravidade, das amarras das âncoras. (Arte Naval p. 25 1-68)
Pé de Carneiro: Colunas que suportam os vaus para aumentar a rigidez da estrutura. (Arte Naval p. 10 1-54 c.)
Perpendicular a vante: É a vertical que passa pela intersecção da linha d'água de projeto com o contorno da roda de proa. (Arte Naval p. 68 2-48)
Perpendicular a ré: É a vertical que passa pela intersecção da linha d'água de projeto com o contorno da popa. (Arte Naval p. 69 2-49)
Plano da Base Moldada: Plano Horizontal tangente à parte inferior da superfície moldada. É a origem de todas as distâncias verticais, que se chamam alturas. (Arte Naval p. 65 2-40 a.)
Plano de Linhas, Desenho de Linhas ou Plano de Construção: Representação da forma e dimensões do casco de um navio por projeções de certas linhas em três planos ortogonais de referência. (Arte Naval p. 63 2-39)
Plano de Meia-Nau: Plano vertical transversal a meio comprimento do navio. (Arte Naval p. 65 2-40 c.)
Plano Diametral: Plano vertical longitudinal de simetria do casco. É a origem de todas as distâncias transversais horizontais, que se chamam afastamentos, meias-larguras ou meias-ordenadas. (Arte Naval p. 65 2-40 b.)
Pontal: Distância vertical medida sobre o plano diametral e a meia-nau, entre a linha do vau do convés principal e a linha da base moldada. (Arte Naval p. 71 2-59)
Pontal moldado: Pontal moldado ou simplesmente pontal, é a distância vertical medida sobre o plano diametral e a meia-nau entre a linha reta do vau do convés principal e a linha da base moldada. O pontal pode ainda ser referido a outro pavimento da embarcação, neste caso toma o nome do pavimento que foi medido (pontal da primeira coberta, pontal da segunda coberta, assim por diante). (Arte Naval p. 71 2-59)
Ponte: É qualquer construção ligeira, acima do convés principal, servindo apenas de passagem entre o convés do castelo ou o convés do tombadilho e uma superestrutura, ou ainda entre duas superestruturas. (Arte Naval p. 18 1-56 o.)
Ponte de comando: O mesmo que passadiço.
Popa: É a extremidade posterior de um navio. A poa do navio deverá ter a forma adequada a facilitar a passagem da água que preencherá o vazio gerado pelo movimento do mesmo, de maneira a tornar mais eficiente a ação tanto do hélice quanto do leme. As palavras Popa, Proa e Meia nau não definem uma parte determinada do casco, mas sim uma região do mesmo. (Arte Naval p. 01 e 262)
Porões: É o espaço entre o convés mais abaixo e o teto do duplo-fundo, ou entre o convés mais baixo e o fundo se o navio não for dotado de duplo-fundo. Num navio mercante destinado ao transporte de mercadorias, porão é todo o compartimento estanque onde se acondiciona a carga; estes porões são numerados seguidamente de vante para a ré e debaixo para cima. (Arte Naval p. 18 1-56 g.)
Portas de Visita: Aberturas horizontais nos tanques ou espaços de ar, normalmente com forma elíptica.
Porta do leme: é o conjunto do chapeamento que forma a superfície do leme, e a armação que suporta este chapeamento. É sobre esta parte do leme que age a pressão da água quando na ação de mudar o rumo do navio. (Arte Naval p. 313 6-34 a.2)
Portas Estanques: Portas de fechamento estanque, que estabelecem ou interceptam as comunicações através das anteparas estanques. (Arte Naval p. 35 1-131)
Praça de Máquinas: Compartimento onde ficam situadas as máquinas principais e auxiliares. (Arte Naval p. 26 1-70)
Proa: É a extremidade anterior de um navio. A proa do navio deverá ter a forma adequada a fender a água quando do movimento do mesmo. As palavras Popa, Proa e Meia nau não definem uma parte determinada do casco, mas sim uma região do mesmo. (Arte Naval p. 01 e 260)
Propulsão: Ato ou efeito de propulsar, impelir para diante um veículo.

Letra Q
Quartel: Cada uma das seções em que se subdividem as amarras de bitola grossa, e cujo o comprimento é, em geral, de 12,5 braças ou 22,9 metros (medida inglesa) e 15 braças ou 27,5 metros (medida americana). Uma braça corresponde a 6 pés ingleses e equivale a 1,83 metros. (Arte Naval p. 543 10-11 c. e 546 10-13 a./c.)
Quilha: Peça disposta em todo o comprimento do casco no plano diametral e na parte mais baixa do navio: constitui a "espinha dorsal" e é a parte mais importante do navio, a que suporta os maiores esforços. (Arte Naval p. 09 1-52 a.)
Letra R
Radiogoniômetro: Indica a direção de uma estação radiotransmissora. Utilizado na navegação costeira.
Ré: Metade traseira da embarcação.
Relógio Náutico: Relógio preciso com erro conhecido. Utilizado na navegação astronômica.
Roda de Conchas: Vide coroa de barbotin.
Roda de Proa: Peça robusta que, em prolongamento da quilha, na direção vertical ou quase vertical, forma o extremo do navio a vante. (Arte Naval p. 10 1-54 a.)
Roda do leme: A roda de leme é uma roda de madeira ou de metal, montada num eixo horizontal situado no plano diametral do navio. Em seu contorno exterior há usualmente vários punhos chamados malaguetas, por meio das quais os timoneiros lhe imprimem o movimento de rotação. O mesmo que timão. (Arte Naval p. 579 11-2)
Rodetes: Peças de aço compostas de roldana, montadas sobre pequena estrutura em forma de coluna; servem para mudar ou alinhar cabos e espias com diversos equipamentos.
Letra S
Saia: Acessório presente na maioria das máquinas de suspender, são tambores de aço fundido e servem para as manobras das espias de amarração.
Salvatagem: Operação de abandono de uma embarcação ou resgate de sobreviventes.
Sarrilho: Tambor horizontal manobrado à mão, no qual dão volta as espias para se conservarem colhidas e bem acondicionadas. (Arte Naval p. 42 1-178)
Sat Nav: Sistema de navegação que utiliza sinais emitidos por satélites. Bastante preciso e de dimensões reduzidas. Fornece leituras de posição aproximadamente de hora em hora. Atualmente sendo substituído pelo GPS.
Saveiro: Embarcação de fundo chato, de forma semelhante à meia-lua de proa mais elevada que a popa, e usada especialmente para conduzir as redes que se lançam em frente à praia. Embarcações robustas, construídas em madeira ou metal, de fundo chato. São empregadas para desembarque ou transbordo de carga, nos portos. Podem ser cobertas ou abertas. (Arte Naval p. 167 3-59)
Seção a Meia Nau: Seção transversal do casco tirada a meio comprimento entre as perpendiculares de vante e de ré. (Arte Naval p. 56 2-19)
Seção mestra: Chama-se seção mestra a maior das seções transversais de um casco. A seção mestra se situa coincidentemente com a seção a meia nau, ou muito próximo desta, na maioria dos navios modernos, qualquer que seja o tipo. Em muitos navios modernos, e particularmente nos navios mercantes de carga, certo comprimento da região central do casco é constituído por seções iguais à seção mestra numa distância apreciável, quer para vante, quer para ré da seção a meia-nau ou seção mestra; diz-se então que o navio têm formas cheias. Nos navios que têm formas finas, a forma das seções transversais varia muito em todo o comprimento do navio a vante e a ré da seção mestra. (Arte Naval p. 56 2-20)
Seção transversal: Chama-se seção transversal qualquer seção que seja determinada, por um plano transversal, no casco de uma embarcação. (Arte Naval p. 56 2-20)
Sicordas: Peças colocadas de proa a popa num convés ou numa coberta, ligando os vaus entre si. (Arte Naval p. 09 1-52 e.)
Sobrequilha: É uma peça semelhante à quilha assentada sobre as cavernas. Colocada em cima da quilha em todo o seu comprimento, servindo como reforço da estrutura do navio. A sobrequilha prolonga-se de proa a popa, por sobre as hastilhas e concorre com a quilha para resistir aos esforços longitudinais e além disso tem por finalidade manter as cavernas em sua posição. (Arte Naval p. 09, 174 4-4 e 248 6-7)
Superestrutura: Construção feita sobre o convés principal. (Arte Naval p. 06 1-37)

Letra T
Tamancas: Peças de aço fundido compostas de rodetes, usadas na borda falsa e dimensionadas de acordo com as espias.
Tanques de Colisão: Compartimentos extremos à vante ou à ré, limitados pelas anteparas que lhe dão a propriedade de serem estanques, ou seja, não permitem que a água que porventura venha a inundá-lo, passe para os compartimentos vizinhos. São 2 (dois) os tanques de colisão, um a vante e um a ré, também chamados de pique-tanque de vante e pique -tanque de ré, respectivamente. Estes compartimentos devem, quando possível, ser conservados vazios. (Arte Naval p. 25 1-64)
Timão: Aciona o leme, dando dirigibilidade à embarcação. Pode ter acionamento mecânico, hidráulico ou por ar comprimido. Em pequenas embarcações de recreio ou pesca é, algumas vezes, substituído pela cana de leme que é ligada diretamente ao eixo do leme.
Tombadilho: Superestrutura na parte extrema da popa, acompanhada de elevação da borda. (Arte Naval p 06 1-39)
Tornel: Peça formada por um olhal, um parafuso com olhal, porca cilíndrica e um contrapino. O parafuso constitui um eixo em torno do qual gira o olhal. Permite à amarra girar em relação à âncora. (Arte Naval 544 10-11 f.)
Torre de comando: É o abrigo encouraçado dos navios de guerra de grande porte, situado em posição tal que de seu interior se domine com a vista um grande campo do horizonte, destinado ao comandante. Ai estão protegidos os aparelhos para governo do navio e comunicação das ordens do comando. Pode ser também chamado de Torreão de comando. (Arte Naval p. 08 1-49)
Trincaniz: Fiada de chapas mais próximas aos costados, ligam os vaus entre si e às cavernas. (Arte Naval p.9 1-52 d.)
Tubo Acústico: Sistema de comunicação que independe de corrente elétrica.
Turco: Equipamento usado para o lançamento de embarcações auxiliares ou de salvatagem.
Letra V
Vante: Metade dianteira da embarcação.
Vaus: Vigas colocadas de BE aBB em cada caverna, servindo para sustentar os chapeamentos dos conveses e das cobertas, e também para atracar entre si as balizas das cavernas. (Arte Naval p. 9 1-53 c.)
Vela: Peça em lona, brim ou outro tecido natural ou sintético apropriado, destinada a, recebendo o sopro do vento, impelir as embarcações.
Velame: Porção de velas. Conjunto das velas de uma embarcação.
Veleiro: Navio à vela. Embarcações movidas pela ação do vento em suas velas. (Arte Naval p. 150 3-49)
Vigias: Abertura no costado ou na antepara de uma superestrutura, de forma circular, para dar luz e ventilação a um compartimento. (Arte Naval p. 27 1-85)

Letra Z
Zona de flutuação: É a parte das obras vivas, compreendida entre a linha de flutuação da embarcação carregada e a linha de flutuação da embarcação leve. O deslocamento da zona de flutuação define, em peso, a capacidade total de carga do navio. (Arte Naval p. 54 2-6)ma superestrutura, de forma circular, para dar luz e ventilação a um compartimento. (Arte Naval p. 27 1-85)

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