quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Praia, Turismo, Verão, Hotéis, Pousadas, Línguas Estrangeiras, Intérpretes





Como moradora de uma cidade turística tenho observado que são raras as pessoas capacitadas para preencher o mercado de trabalho que está a cada dia mais exigente.
Falar fluentemente mais de uma língua deveria ser uma das maiores preocupações da população de uma cidade como a minha. Aliás, o próprio governo municipal deveria ter esse interesse, e fornecer cursos intensivos gratuitos de boa qualidade para a população de baixa renda, buscando intensificar o preenchimento das vagas em hotéis, pousadas, lojas e outros locais onde turistas estrangeiros, cada vez mais, estão frequentando e buscando lazer de bom nível.
Fico imaginando daqui pouco tempo, com a velocidade que as coisas têm acontecido, como será quando um grupo de espanhóis, ou alemães resolverem vir a Cabo Frio, para um tour de poucos dias, como aconteceu há pouco com um grupo de mais de 20 noruegueses que estiverem aqui num intercâmbio...
Não que eu tenha tido notícia de qualquer problema, mas, com certeza, dificuldades ocorreram, já que nunca ouvi falar que alguém falasse norueguês por estas bandas. Provavelmente importaram do RJ a preço de ouro.
Brincadeiras à parte, ser intérprete é uma profissão que deve ser muitíssimo bem remunerada mesmo, já que o mundo inúmeras vezes precisa de um a qualquer momento e em qualquer lugar.
Pode-se imaginar o insuportável Hugo Chaves sem um bom intérprete a seu lado?
Nós, brasileiros, até que entendemos um pouco do castelhano carcamano dele, infelizmente, mas e os americanos, os holandeses, os russos?
Se o intérprete bobear, trocar uma palavrinha sequer do que o dito cujo falou, todos podem até achar que ele é bonzinho e não está pensando em ser ditador coisa alguma.

Que ele é um bonachão que só está ali para falar coisas lindas e que o petróleo venezuelano vai baixar de preço para os americanos, haha...

Outro dia, minha filha foi convidada para ser intérprete de um casal de brasileira e um escocês.

Eles já haviam vivido juntos, tinham um filho, mas nunca conseguiram se entender bem. Ele nunca aprendeu português e ela nunca o inglês. Acabaram se separando. No entanto, se amavam ainda e estavam tentando se reconciliar, só que ela exigia certas condições e ele não conseguia entender exatamente quais. Minha filha foi, os encontrou numa lanchonete e a conversa se desenrolou da forma mais engraçada possível. Ela disse as condições, ele ouviu, mas como não conseguisse aceitar algumas coisas, minha filha acabou convencendo-o de que valia a pena e tal, por esse e aquele motivo, e ele dizia que os motivos dele eram muito fortes para não aceitar, e, novamente minha filha, mostrava a importância de tentar porque a mulher não abria mão.

O detalhe se referia à conversão à religião que ela adotara recentemente.
Foi um bocado de tempo de conversa a três nesse momento, porque não bastava ser intérprete, ela sentiu que precisava explicar os costumes da tal religião melhor para ele aceitar ou desistir de vez.

Finalmente tudo foi bem no final e o casal ficou de voltar a procurá-la novamente no futuro.

Tomara que tenham se entendido e estejam bem hoje.

Esse trabalho custou apenas R$ 50,00 ao casal, mas bem que valia uns R$ 200,00 pela ajuda extra. Aliás pela tabela do Sintra, não sairia por menos de uns R$ 1.100,00 a hora.

Num país tropical como o nosso, que recebe turistas ávidos por sol, praia, areia, vento fresco e água de côco tirada na hora e o camarão frito servido no espeto, não se pode deixar de lado o aprendizado de uma língua além da que falamos, porque fica muito mais fácil se oferecer bons pratos, bons biquinis, qualquer produto da região, quando sabemos nos comunicar com o turista que anda o ano todo buscando algo novo pra fazer.

Parabéns aos intérpretes de todo o mundo, obrigada por fazerem esse trabalho incrível e bastante interessante, sempre renovado e muitas vezes tão pouco valorizado.

Ah, a foto aí de cima é da filha tradutora/intérprete inglês-português, que também adora criar bijuterias e pretende ser defensora pública daqui um tempo.











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